Europa yace apostada sobre sus codos:
Yace de Oriente a Occidente, mirando,
Y la abrazan románticos cabellos
Recordando ojos griegos.
Retira el codo izquierdo;
El derecho está dispuesto en ángulo.
Aquel dice Italia donde se ha asentado;
Este dice Inglaterra donde, alejada,
sostiene la mano, en la que apoya su rostro.
Observa, con mirada fatal de esfinge,
a Occidente, futuro del pasado.
El rostro que observa es de Portugal.
en Mensagem, 1914
O dos castelos
A Europa jaz, posta nos cotovelos: / De Oriente a Ocidente jaz, fitando, / E toldam-lhe românticos cabelos / Olhos gregos, lembrando. // O cotovelo esquerdo é recuado; / O direito é em ângulo disposto. / Aquele diz Itália onde é pousado; / Este diz Inglaterra onde, afastado, / A mão sustenta, em que se apoia o rosto. // Fita, com olhar esfíngico e fatal, / O Ocidente, futuro do passado. // O rosto com que fita é Portugal.
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