Ojalá mi vida fuese un carro de bueyes
que rechinara por el camino, temprano al amanecer,
y que de donde ha venido por el mismo camino
casi al anochecer después regrese.
Yo no debería tener esperanzas – sólo debería tener ruedas...
Mi vejez no tendría arrugas ni cabello blanco...
Cuando ya no sirviese, me quitarían las ruedas
y quedaría volcado y roto en el fondo de un barranco.
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4 de marzo, 1914
Pintura: Manuel Martín Morgado
Pintura: Manuel Martín Morgado
Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois / Que vem a chiar, manhaninha cedo, pela estrada, / E que para de onde veio volta depois / Quase à noitinha pela mesma estrada. // Eu não tinha que ter esperanças — tinha só que ter rodas... / A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco... / Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas / E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.
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