En la calle llena de sol vago hay casas detenidas y gente caminando.
Una tristeza llena de pavor me enfría.
Presiento un suceso del lado de las fachadas y de los movimientos.
¡No, no, eso no!
¡Todo menos saber lo que es el Misterio!
¡Superficie del Universo, oh Párpados Abatidos,
No se levanten nunca!
¡La mirada de la Verdad Final no debe poder soportarse!
¡Déjenme vivir sin saber nada, y morir sin ir a saber nada!
La razón de haber un ser, la razón de haber seres, de haber todo,
debe ocasionar una locura mayor que los espacios
entre las almas y las estrellas.
¡No, no, la verdad no! Déjenme estas casas y esta gente;
así mismo, sin nada más, estas casas y esta gente...
¿Qué aliento horrible y frío toca mis cerrados ojos?
¡No los quiero abrir a la vida! ¡Oh Verdad, olvídate de mí!
12 de abril, 1928
Demogorgon
Na rua cheia de sol vago há casas paradas e gente que anda. / Uma tristeza cheia de pavor esfria-me. / Pressinto um acontecimento do lado de lá das frontarias e dos movimentos. // Não, não, isso não!/ Tudo menos saber o que é o Mistério! / Superfície do Universo, ó Pálpebras Descidas, / Não vos ergais nunca! / O olhar da Verdade Final não deve poder suportar-se! // Deixai-me viver sem saber nada, e morrer sem ir saber nada! / A razão de haver ser, a razão de haver seres, de haver tudo, / Debe trazer uma loucura maior que os espaços / Entre as almas e entre as estrelas. // Não, não, a verdade não! Deixai-me estas casas e esta gente; / Assim mesmo, sem mais nada, estas casas e esta gente… / Que bafo horrível e frio me toca em olhos fechados? / Não os quero abrir de viver! Ó Verdade, esquece-te de mim!
Na rua cheia de sol vago há casas paradas e gente que anda. / Uma tristeza cheia de pavor esfria-me. / Pressinto um acontecimento do lado de lá das frontarias e dos movimentos. // Não, não, isso não!/ Tudo menos saber o que é o Mistério! / Superfície do Universo, ó Pálpebras Descidas, / Não vos ergais nunca! / O olhar da Verdade Final não deve poder suportar-se! // Deixai-me viver sem saber nada, e morrer sem ir saber nada! / A razão de haver ser, a razão de haver seres, de haver tudo, / Debe trazer uma loucura maior que os espaços / Entre as almas e entre as estrelas. // Não, não, a verdade não! Deixai-me estas casas e esta gente; / Assim mesmo, sem mais nada, estas casas e esta gente… / Que bafo horrível e frio me toca em olhos fechados? / Não os quero abrir de viver! Ó Verdade, esquece-te de mim!
Caro
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